sábado, 5 de dezembro de 2009

O que tem pra hoje

A vida as vezes nos remete a sofrimentos que nos deixa completamente perdidos, porque muitos falam por aí que temos livre arbitrio, e na verdade não temos nenhum controle sobre mais de 60% que acontece conosco em nossa vida, pra começar não conseguimos escolher nossas familias, nossos amigos, nossas paixões, isso tudo acontece, querendo ou não, gostando ou não. A nossa profissão, que também caimos no conto de que escolhemos nada mais é do que "o que tem pra hoje", ou seja, somos inconcientemente induzidos a escolher. A escolha, na verdade acontece, mas ela não é ampla e não nos fornece o livre arbitrio em seu real significado. O homem gosta de ser autoritario, dono de si, se coloca como cientista para se fazer descobridor, mas não não sabe nada.
Então o que nos sobra? " o que tem pra hoje", quando vamos ao restaurante, tem opção além do prato do dia, ah, mas tem a opção de ir ao restaurante que quisermos, eis outra escolha, rsrsrs.
No fundo no fundo dizem que a gente realmente escolhe, então vamos fazer um teste: eu escolho agora mesmo ganhar na loteria!!! Não aconteceu nada!! Ah, ja sei, isso é um absurdo, impossivel porque eu não apostei. Ta bom, então agora eu escolho receber uma proposta de trabalho cujo salario é o triplo do que eu ganho atualmente!!!! Vamos ver?!...
...nada...peraí, hoje é sabado, e as agencias de empregos, consultorias e RHs não funcionam esse horario!!! Ta certo! Então vamos tentar outra coisa...eu quero que o meu telefone toque agora com um convite para sair!!!! vamos lá, essa é facil...até agora nada....vamos ver se toca até o final desse texto.
Estou cansada dessas pessoas religiosas que insistem naquele programa de " se comporte direitinho porque se não não ganhará presente de natal do papai noel", " aqui se faz, aqui se paga", ou " peça com toda sua força e você terá". é um absurdo, acho que um homosexual não escolheu ser homosexual, um para ou tetraplegico não escolheu sua condição, alguém que hoje sofre de algum cancer não foi suicida o suficiente para escolher essa doença, principalmente as crianças, que certamente não escolheram nascer. Muitas mães não escolheram ter filhos, ou se planejaram escolheram meninos, e nasceu meninas, ou vice versa. Eu não escolhi perder aquele filho, por mais que não foi desejado, na verdade não sei nem o que doeu mais, e ainda doi até hoje.
Procuramos, buscamos, desejamos e não temos, isso é livre arbitrio? Essa é a autoridade que o homem tem?
O que posso concluir é que não passamos de fantoches, na mão de sabe la quem, que faz o que quer sem perguntar se realmente queremos.
Isso parece um texto de alguém revoltado com o mundo, mas sinceramente não é, é o texto de alguém que esta consciente com o mundo, não vou entregar os pontos porque tenho muito que descobrir ainda e se um dia conseguir exatamente aquilo que eu quero esse texto será apagado imediatamente porque estarei errada.
O bom de pensar, refletir, filosofar é que eu estou aqui exatamente para descobrir que estou errada, por isso faço perguntas e sugiro algumas hipoteses.
O mundo é cheio de mistérios que não temos acessos, na verdade eu não preciso descobrir algo que não se pode, eu apenas quero descobrir para que tudo isso, para onde estou indo.

Um comentário:

  1. Oi querida, fiquei muito comovida com o seu texto, com ele todo, mas principalmente na parte que vc fala do seu baby...muito mesmo, sem falsa demagogia, principalmente (dinovo) pq meu irmão e a namorada acabam de abortar um filho que minha mae e eu já tinhamos amor antes mesmo dele nascer. A vida quase sempre é injusta, os seres humanos são mais. Não posso acreditar que somos fantoches, mas também n somos senhores do destino...eu nunca quis fazer psicologia e estou amando....amei meu primeiro estágio em RH, odiei os outros dois...sei lá, a vida é uma incognita, mas n estamos aqui pra decifrá-la e sim pra vivê-la. Sua humildade é tocante qd diz que pode apagar esse texto e eu penso que descobrir pra que tudo isso, pra onde estamos indo, é a essência da vida. Bjão, fique bem, boa semana.Ah, te linkei lá

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