quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O que realmente queremos?

É incrível como os filmes, apesar do tema significativo sempre finalizam nos enchendo de esperança...acabei de assistir ao filme “Ele não esta tão afim de você”, talvez pela terceira vez, com o objetivo de ficar mais fria e dura, a ponto de me livrar um pouco das expectativas e ansiedade que remetem a esperança de encontrar o par perfeito. Esperava que esse filme fosse a esperança de eu mudar meu ponto de vista com relação aos homens, mas este termina exatamente como praticamente todos os filmes de romance e comedia romântica, se é um grupo, todo mundo se ajeita no final, se há poucos protagonistas, estes sempre ficam juntos quando o filme acaba e “vivem felizes para sempre”.

A realidade é que todos filme que fala de relacionamento são assim, podem ate nos dar umas dicas e mostrar a realidade nua e crua, falando como os homens se comportam quando eles querem passar o tempo, transar e até mesmo quando eles estão verdadeiramente interessados, mas sempre no final todo mundo se da bem, se arranja e encontra “o par perfeito”.

Entao o que acontece é que as mulheres, que hoje estão solteiras refletem durante o filme, até se identificam e aprendem, mas no final tudo cai por terra, porque a mocinha fica com o mocinho no final. Sim isto é uma critica negativa, porque o que se espera desse filme são dicas do tipo a) quando ele não te liga é porque ele não esta afim de você; b) se você ligar para ele corre um sério risco de ser tratada como alguém que esta desesperada e isso vai afastar o cara; c) muitos homens não querem se casar porque acreditam na idéia de que se casando estará perdendo todas as oportunidades com todas as mulheres em sua volta; d) quando uma mulher esta apaixonada fica completamente tola e tem grandes chances, eu diria 100% de chance de se dar mal e ficar na mão; Acho que eu consigo colocar exemplos com o alfabeto todo aqui, mas seria um desperdício porque todas as mulheres com uma certa idade já esta completamente consciente de tudo isso, mas continua com a esperança de achar o cara ideal, o cara suficientemente bonito, simpático, gostoso e inteligente que a faça feliz o resto da vida embaixo do mesmo teto. Obviamente eu conheço poucas da minha idade casadas com um cara que preenche todos os quesitos citados acima, mas diria que conheço varias mulheres que são lindas, simpáticas, corpo bonito (se eu falar gostosa aqui podem me estranhar) e inteligentes com caras estúpidos que não merecem nem a atenção, mas estão juntos, talvez porque “é o que tem para hoje”, e porque existe um medo sinistro de se ficar sozinho. E vejo também rapazes fabulosos, que são até mais do que os quesitos citados e estão com mulheres que os maltratam. Com isso eu concluo que o ser humano, embora se adapte fácil a qualquer ambiente, se adéqüe a qualquer situação tem um medo assombroso de ficar sozinho.

Conheço muitas mulheres da minha idade, até menos que sonham em mudar aquele cara babaca que só é babaca pelo que faz com ela, porque deve até ser um cara legal, mas não se mostra dessa forma porque faz a minha amiga sofrer, porém a amiga sonha com o impossível, conquistar aquele cara que só falta colocar em faixas pelas ruas os dizeres “eu não gosto de você”, mas continua com ela, e no fundo o inconsciente dela explica que ele só quer uma transa, pois sabe que sempre que ele a chamar ela estará pronta, adiará compromissos, dará um jeito, por mais que seja difícil, mas ela vai estar lá, nem tanto por ela, mas para garantir que não perderá a oportunidade de preencher sua esperança encardida de tão batida de encontrar o cara certo para casar, custe o que custar. E olhe, tem custado caro, geralmente custa lagrimas, poemas, musicas e muito tempo perdido sofrendo, por um cara que será até substituído por um outro babaca daqui a alguns meses mas o ritual é o mesmo sempre, “faça tudo por ele, custe o que custar” e terá a certeza que mesmo que não deu certo, você tentou.

E olha quanta experiência, quanta sapiência a mulher acumula ao longo dos anos por sofrer pelo cara errado, e continua por anos e anos.

Estranhamente eu começo a acreditar que as mulheres gostam disso, gostam de sofrer de verdade, imagine, tem mulher que pariu umas 3 vezes e adora, meeeu, deve doer pacas, mas insiste que quer mais um menino, daí existe um gasto imenso de energia para gerar esse pequeno ser por longos 9 meses em média. Imagine, 9 meses sentindo dores, enjôos, sem poder dormir confortavelmente em sua cama e quando a criança nasce é ela quem vai dormir pouco para o atende-lo lá no outro quarto porque o neném fez cocô ou só porque esta com manha, sem contar que eu já vi mulher chorar de dor quando amamenta. Até os três anos de idade é a mãe quem vai carregar no colo aquele peso de até 10 quilos ou mais porque esta cansado de andar...caraca, que sofrimento, daí ela fala, acho que quero mais um filho, afff!!! Será que elas são anestesiadas durante todo esse processo citado? Ou não precisa ir tão alem não, cólica, hoje em dia, com tanta tecnologia, anticoncepcionais que fazem milagre, pelo menos nesse quesito, e a mulher insiste em suportar a dor da cólica todo mês...eu acho um absurdo. Mas são por essas e outras que eu paro para refletir e concordar que as mulheres são de fato um bicho estranho, eu até deixo passar os fatores naturais da procriação etc., porque no fim é algo implícito em nossa existência, ok, mas sofrer por causa de homens, isso eu queria mesmo entender, daí me volta na idéia de que, mais que os homens, as mulheres morrem de medo de ficar sozinhas. Prova disso? Se não se casarem querem mesmo assim ter um filho, “produção independente”, isso é fato, não arrumou o homem ideal remete ao fato de que pelo menos não ficara sozinha se tiver um filho.

Quanto aos homens, suponho que eles também são tão medrosos com a solidão quanto as mulheres, mas sabem disfarçar melhor, a não ser aqueles que o medo suba para cabeça a ponto de se inscreverem em sites de relacionamentos como o “Parperfeito” e ficam passeando pelas fotos mais bonitas e idealizando a garota dos seus sonhos. Sim, eu acredito que eles são tão tolos como as mulheres quando se apaixonam e quando o medo de ficar só bate a porta, mas eles são mais frios e calculistas e sofrem menos porque têm duas cabeças e a debaixo pode estar sempre na ativa, pois existem mais mulheres desesperadas do que homens desesperados. E onde isso vai parar? Acho que não para, porque por mais que a realidade se mostre e revele cada vez mais sobre como são as pessoas, mais as pessoas se distanciam logo após um fora ou uma desilusão de um relacionamento e logo aparece outra e outra pessoa para nova desilusão e historia frustrada. Pelo menos é um circulo vicioso de quem ainda não se casou, e ate mesmo quem já se casou e continua buscando o “parperfeito”.

Eu até acredito em par perfeito e posso citar um ou dois casais os quais eu tenho certeza que nasceram um para o outro e que na imperfeição da vida vivem felizes, mas esses pouco casais são exceção, e que talvez graças a eles muitas outras pessoas estejam nesse momento em busca de seus pares perfeitos onde quer que esteja e lutam para transformarem seus pares atuais e imperfeitos em ideais, pelo menos para sua percepção. Não sou contra nada disso, afinal sou uma delas, pois se eu não encontrar o par ideal pelo menos terei tentado e se devemos fazer a vida valer a pena de alguma forma penso que é com sentimentos e emoções que construímos nossa historia. Não sou tão a favor da dor, nem de fazer ninguém sofrer, nem de sofrer por ninguém. Se isso é algo que se pode evitar certamente evitaríamos, caso seja difícil pelo menos nos torna mais forte para o próximo sofrimento, e também sou a favor de uma reflexão mais profunda sobre o que realmente queremos, um par ideal ou não ficar sozinhos? Muitas vezes corremos atrás do par ideal para não ficarmos sozinhos. Acredito que quando distinguirmos essa diferença estaremos prontos para aceitar que o par ideal tem muitos defeitos, mas que esses não camuflam ou distorcem suas doces qualidades, e exatamente por ser de carne e osso os tornam o amor de nossas vidas, seres apaixonantes capazes de nos fazer rir com uma trapalhada. Quando distinguirmos a diferença citada estaremos prontos para não temer a solidão, pois estar só é estar consigo mesmo e apreciar isso, porque assim é possível o autoconhecimento e a consciência de que a melhor companhia somos nós mesmos, antes de qualquer outra pessoa. Algo me diz que quando paramos de nos arrumar para ficar mais bonita para os outros ou que as outras, deixamos de pensar um pouco em impressionar quem nos ver e nos vestimos para nós mesmas, fazemos coisas para nosso agrado o mundo conspira em nosso favor, atraímos pessoas por conta própria, não por causa de uma roupa bem escolhida ou um perfume importado naquela ocasião, atraímos pessoas porque estamos seguras conosco, nos conhecemos bem e não precisamos provar nada para ninguém. A prova disso são situações que certamente já aconteceram de por exemplo você sair na rua com qualquer roupa, sem nenhuma pretensão e de repente um cara ou um conhecido lhe diz “nossa como você esta bonita hoje”, isso não é estranho??? Você pensa, mas eu nem estou arrumada, mas esta bem consigo, esta segura. Enfim...precisamos descobrir o que queremos para começar a entender nosso rumo, precisamos nos descobrir para entender melhor o outro, antes de buscar o par perfeito precisamos nos certificar de que somos perfeitas o suficiente para nós mesmas, e dessa forma abriremos espaço, ao invés de se doar completamente, daremos oportunidade para ser completadas ao invés de substituirmos nossos interesses por alguém que buscamos a vida toda, teremos a certeza de que encontramos não o par perfeito e sim o par ideal, se esse for nosso real caminho. Caso não, pelo menos descobriremos que é possivel ser feliz sozinho, porque sou minha melhor companhia.














domingo, 27 de fevereiro de 2011

Ontem o dia poderia ter terminado bem...

Ontem, após um longo dia de trabalho, meu corpo cansado e minha mente a mil, estava indo para casa, ja confabulando planos e organizando em mente o dia seguinte, estava no metrô, aguardando o carro na plataforma, atrás da linha amarela, em poucos minutos o carro entrava na plataforma da estação mas um barulho estranho chamou a atenção dos poucos passageiro que como eu aguardavam o carro parar, foi um choque, com luzes de curto circuito, um cheiro de queimado, uma confusão e o trem parou praticamente na metade da estação, do lado direito um rapaz desesperado, com a mão na cabeça e andando na direção dos últimos vagões dizia " esse ja era", "noossa, o cara pulou, esse ja era", quando me dei conta de que o que ele se referia era um cara que acabara de se jogar na frente do carro. A confusão era tamanha, varias pessoas falando, e bastou dar alguns passos adiante para ver no vão entre o trem e a plataforma que de fato havia uma pessoa la, e o meu instinto, até da curiosidade foi tentar identificar se era conhecido, pois naquela região conheço muita gente porque trabalhei um bom tempo por la, então eu vi, do lado externo dos trilhos o rosto e o braço paralisados no chão, foi o que deu para ver, havia um rapaz tentando isolar a área até a chegada dos outros funcionários, mas a aglomeração foi aumentando em meio aos infelizes comentários do tipo" justo agora, porque não se jogou da ponte?", enquanto meus pensamentos foram tentar chegar a uma conclusão do que leva alguém a fazer isso. Enquanto a confusão tomava conta eu parei perto da plataforma e fiquei observando todas aquelas pessoas vivas, com a mesma vontade que eu, ir para casa, enquanto um corpo mutilado no chão e uma alma perdida eram o centro das atenções, e de repente bastava uma atenção para o cara permanecer vivo.
Uma coisa é você ouvi alguém falar que uma pessoa se matou ou um estranho cometeu suicídio, outra coisa é você ver um corpo que antes tinha vida como o meu corpo. A confusão da minha cabeça vagava nos últimos pensamentos do cara antes de tomar tal atitude e se confundia com os comentários das pessoas, algumas chocadas, outras assustadas, outras irritadas...então orei, pois acredito que a vida acabou para ele mas sua alma vai carregar essa responsabilidade, sabe Deus até quando.
Conclui que é fácil falar sobre um suicida após o crime contra a própria vida, dizer que ele poderia ter buscado ajuda em qualquer religião, com qualquer pessoa ou em si mesmo, mas eu me sinto impotente porque todos os dias cruzamos com varias pessoas que precisam de ajuda mas o cabresto da rotina não nos da tempo para dar atenção a essas pessoas, as obrigações dessa cidade tirana nos transformou em seres egoístas e egocêntricos, onde qualquer ajuda é caridade, e caridade precisa ter tempo para fazer e ninguém tem esse tempo porque precisa trabalhar e ganhar dinheiro para manter o melhorar o que ja tem. Muitas vezes nós mesmo precisamos de ajuda, muitos, se não todos, ja tivemos os mesmos pensamentos e intenções desse suicida e não tivemos a coragem dele, ora porque mudamos o foco, esperamos o dia acabar para chegar outro novo e levar consigo a melancolia, ora porque temos muito medo da morte, do fim. O fim para quem permanece vivo é assustador, porque ninguém tem a certeza do que vai encontrar do outro lado. O que eu sei é que, após ter descarregado essa angustia no lugar certo, fontes seguras me informaram que esse cara, que nem sei o nome, esta muito mal, o sofrimento e problemas não acabaram com tal atitude, embora era isso que ele mais queria. Se parar pra pensar, foi uma vida planejada consciente e inconscientemente, que levou 9 meses para ser gerada e poucos segundos para ser destruída, sem nenhuma justificativa a altura, sem uma outra chance, mesmo que depois de várias, e isso não é certo, sem contar as pessoas que vão ficar impressionadas com isso, seus familiares e amigos que vão carregar a culpa de não ter feito nada para impedir, por mais que não seja hora de pensar nos outros porque ninguém pensou nele a atitude de ir e vir é dele, a vontade e a ação é dele, que deveria se dar a chance de mudar seu rumo, porque não era sua hora ainda...talvez em breve terei noticias, vou continuar orando por ele, acho que é o mínimo que posso fazer.
Diante de tudo isso o que vale é a reflexão de que quando não se tem ajuda daqueles que gostaríamos de ver de braços abertos, de mãos estendidas, temos um força interior, uma energia inesplicavel dentro de nós, a mesma que ja nos fez superar outras dores tão fortes a ponto de nos bloquear o acesso através do esquecimento, a mesma que nos fez elaborar a perda de um ente querido, de superar o sofrimento por amor ou rompimento, a mesma que nos fez levantar da queda de uma situação financeira ou profissional que não enxergávamos a solução, a mesma força que nos tornou mais fortes, a ponto de continuar vivo em meio aos escombros, após um acidente automobilistico, um procedimento médico desenganado, a mesma força que nos desvia do fim porque somos mais corajosos do que aqueles que abrem mão da coragem de enfrentar e criam forças para a coragem de acabar com tudo.
Engraçado que meu texto esta parecendo aqueles textos de auto ajuda, rs, mas foi o que senti e concluí, porque se para se matar tem que ter coragem para viver tem que ter mais coragem ainda, e cada um tem seu coração para interpretar essa força interior que mencionei exatamente como quiser, e se tocar que existe muito ainda a se fazer por si e pelos outros ao invés de esperar até outro suicida se jogar na linha do trem.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Pra que que serve estar apaixonada?

A um tempo atrás eu tinha o meu alguém ideal no inconsciente, a questão era só saber se existia ou não, mas eu juro que não procurei, embora tenha encontrado em cada namorado ou affair caracteristicas desse alguém, se não, nem existiria a chance de me aproximar.
Como esse mundo moderno nos proporciona varias oportunidades de conhecer pessoas, não vou me expor e citar a maneira que me aproximei "dele", porque acho que não importa, não por vergonha, mas porque não importa mesmo.
Ele (o alguém que eu acredito ser ideal) apareceu, de cara me interessei pelo que vi, era apenas algumas caracteristicas e imagem, eu não o conhecia direito, apenas via, ele longe, as vezes em outra cidade, mas eu queria conhece-lo.
O achei muito bonito, e suas caracteristas eram perfeitas para mim, o que me despertou maior curiosidade em conhece-lo mais, mas em pouco tempo de conversa brigamos, nos ofendemos e nos distanciamos, além da beleza encontrei arrogância e hipocrisia, além das maravilhosas caracteristicas encontrei péssimos hábitos e opiniões, então eu o esqueci e fui esquecida.
O tempo passou, quase 10 meses e a mesma armadilha que me pegou da primeira vez me surpreendeu na segunda vez sem eu perceber. Da mesma forma que começamos a conversar naquela época começamos a conversar nessa também, mas alguma coisa havia mudado talvez por isso não havia notado que era o mesmo cara que briguei a 10 meses atrás. Quando percebi que estava falando com o mesmo cara, mas ele estava melhor, mais agradável, acabei não ligando para a segunda briga que tivemos, ao esfriar a cabeça ele relevou e eu fiquei alucinada com a curiosidade de saber porque esse cara me instigava tanto. Embora conferisse fotos e mais fotos eu torcia para que ele fosse horrível pessoalmente, que tivesse bafo e fosse feio de corpo, que fosse uma tragédia e não um deus grego como estivesse imaginando.
Ao encontra-lo eu o analisei da cabeça aos pés, sem saber se esperava mais ou menos, acho que estava muito sem graça por não saber nem o que pensar, me senti uma tola porque esperava encontrar um ogro e desejei que ele se encantasse por mim. Ao invés disso encontrei um cavalheiro e fiquei encantada, que merda, to ferrada! Pensei, e nunca tive tanta razão. Falar em razão, ela me diz "não ligue" "deixe ele te procurar", "deixe ele mostrar que esta interessado", enquanto a emoção me diz" liga sim, faça o que você tem vontade" "faça o que for possível, faça a sua parte para não dizer depois que não tentou" e eu, que sou razão e emoção fico igual uma tonta pensando na melhor forma de conquista-lo.
Pensar nele algumas vezes ok, faz parte da novidade! mas o tempo todo, e me imaginar fazendo coisas para agrada-lo, olhar toda hora para o celular e conferir alguma chamada perdida ou mensagem não lida, ver fotos e ficar lembrando de quando nos encontramos, do que ele me disse e fez...que patifaria, pra que tudo isso se eu não sei se quer se vou vê-lo novamente. Eu queria contar pra ele as novidades da semana, ouvi-lo, saber como foi seu dia mas não sei qual o melhor momento para ligar ou mandar mensagem. Aí eu pergunto, cadê a magica de se interessar por alguém que você não pode ver quando quer e nem sabe se há reciprocidade? Programar o fim de semana pensando ou esperando a pessoa ligar, isso é injusto...daí eu me arrumo, saio a noite pra dizer que sai, quando na verdade é para fugir da esperança de que ele vai ligar e tudo será maravilhoso.
Pleno sábado, eu nem sei quantas vezes olhei para o celular, revi suas mensagens mas não encontrei nenhuma nova, ao menos uma ligação perdida, então sem pensar eu ligo, só chama, estou quase apagando o seu numero para não cair em tentação e ligar de novo, então eu vejo a hora e fujo, ou pelo menos tento. Só queria arrancar de mim esse sentimento imprestável que não esta me acrescentando nada, esta me desconcentrando dos meus afazeres e me deixando triste porque ele é muito ocupado ou simplesmente não se interessou por mim.
Além de tudo, ainda me faz escrever esses textos melosos e românticos, quando na verdade eu gostaria de esboçar um pensamento racional e inteligente.
Eu poderia até sentir raiva de mim, mas não vou porque eu sei que vai passar, eu tenho muita coisa para fazer e o tempo vai fazer ele ficar pequeno aos poucos. A tonta da emoção me diz que eu devo fazer de tudo para conquista-lo, mas agora eu sou razão, meu surto emotivo esta aqui nas minhas palavras, nesse texto, e é menor do que a razão porque eu prefiro assim e é assim que será.
Se ele me ligar, me mandar mensagem, eu vou me sentir mais tola ainda e vou rir, se não, apenas vou deixar uma prova do que senti, que a emoção precisa ter algum sentido. E no fundo no fundo isso é bonito, as vezes fazemos para quem não merece, mas isso não é problema meu.
Coração idiota, 30 anos nas costas e ainda dá esse vexame, tsc tsc tsc.

domingo, 27 de junho de 2010

Eu sonho, eu vivo, eu sinto, eu crio, eu existo, eu sou feliz!

A felicidade é uma utopia, mas se somos o que acreditamos então faz parte da vida acreditar que vivemos para alcançar a felicidade. Se eu sou o que eu vejo, se eu vejo o que eu quero então eu acredito que a felicidade pode existir...na verdade se eu não souber exatamente o que é a felicidade eu posso inventar, então a felicidade é aquilo que eu quero alcançar. Posso fazer da felicidade aquilo que tenho, aquilo que me faz sorrir, aquilo que eu desejo, aquilo que me faz bem.
Se eu desconheço o conceito então eu posso criar, se a felicidade é a perfeição e eu não sei a dimensão dela, então eu posso inventar, se eu sinto-me feliz sem saber porque então eu posso imaginar.
Existe uma maquina fantástica dentro de todo ser humano que os motiva continuar o caminho, e o caminho é desconhecido e obscuro porque não se sabe a distancia, nem onde vai dar, mas a estrada pode ser tão bonita aos olhos e a imaginação para quem não pode ver, dai la no fim da estrada acredita-se que esta a felicidade. Puro engano pra quem acha isso, pois a felicidade esta logo ai, para quem quiser ver e imaginar, a felicidade na verdade é o caminho que a vida nos envolve a percorrer e é justamente esta que nos impulsiona a continuar.
Os deprimidos tem a alma cega, a cegueira é uma doença que tem cura, e a cura começa de dentro, mesmo se eu não vejo fisiologicamente eu posso criar o que vejo, se eu vejo tudo sem cor na verdade não estou vendo nada.
Não há nenhuma obrigação da existencia em dar significado em todas as palavras, mas uma obrigação humana de criar, nem que for na sua cabeça, o significado.
Não há nenhuma obrigação da vida ser o ápice da perfeição, mas a intensidade de todos os sentidos. Quer mais perfeição que isso? Então viva, ao invés de sobreviver, sinta ao invés de temer, ouça ao invés de escutar, saboreie ao invés de comer, curta ao invés de aturar, busque dimensões nunca experimentadas por ti, descobrir um lugar descoberto por outra pessoa pode lhe causar uma sensação diferente, e a maior perfeição de repente me remete a idéia de que na verdade significa ser único. Ser único é experimentar todas as sensações e sentimentos de maneira jamais experimentada, então ser humano é ser perfeito, porque tem alma, que enquanto dorme o corpo, continua flutuando na imaginação, preste atenção no sonho e lembre-se dele quando acordar, pois é o seu inconsciente que se mostra de maneira enigmática, é o único que pode dar uma prévia do caminho, não do futuro, mas do presente.
Sonhar acordado é outra perfeição, porque me leva onde eu quero, me faz como eu quero e me traz quem eu quero.
Eu sonho, eu vivo, eu sinto, eu crio, eu existo!

domingo, 13 de junho de 2010

Mês dos namorados...

Eu não podia deixar esse dia comercial passar em branco...mas resolvi falar de algo mais profundo do que o bem material.
Ah o amor, a paixão, o encantamento de gostar de alguém...
Penso que essa é uma das essências da vida, querer bem alguém gratuitamente, sem nada em troca: isso eu chamo de amor de verdade.
Torcer por essa pessoa independente se terá isso de volta. Somos assim com nossos familiares, amigos, mas uma coisa que me intriga é começar gostar de alguém que você mal conhece, convive ou até mesmo vê, isso sinceramente foge de qualquer explicação que eu tenha em mente.
De repente você se pega no flagra pensando naquela pessoa, imaginando coisas, imaginando situações, pensando no que falaria se encontrasse aquela pessoa...é uma viagem muito das boas...
Eu particularmente nunca tive a sorte de concretizar meus desejos por alguém, acho até que nunca desfrutei do verdadeiro amor, esse mesmo que a gente fica completamente besta por alguém. Paixão ja, ah essa quando vem é sempre muito intensa, me deixa muito romanticazinha, me faz escrever poesia e tudo, uma melação só, o problema é que passa, tem prazo de validade, basta não ver mais que eu esqueço, ou se não simplesmente acaba, sem explicação, e aquele encantmento todo se desfaz.
Eu devo ser sincera, gostaria muito de me encantar, de me apaixonar exatamente por aqueles que se dizem apaixonados por mim, acho que tudo ficaria mais facil, mas não, eu tenho sempre que querer o mais dificil, aqueles que mal sabem da minha existência, parece até piada, rs.
Esses dias eu me vi brigando com o mundo, porque tem que ser assim?! E pedi que me mostrasse alguém capaz de me fazer parar, alguém capaz de me encantar, e não é que aconteceu?! Eu estava indo para o meu trabalho, sentada ao lado da janela no trem, e com duas portas de distância "ele" entrou, no meio de um monte de gente, não tinha como reconhece-lo ou ter certeza que era "ele", mas eu sabia, eu tinha certeza porque eu senti. Logo "ele" que eu esqueci depois de tanto tempo. Então comecei a pensar com os meus botões, como é que o destino é capaz de nos colocar no mesmo vagão sem que "ele" se quer saiba que estou aqui, para que tudo isso? Enquanto viajava no trem e nos meus pensamentos, discordando de tudo isso, chegamos a uma estação que geralmente desce muita gente, e eu da janela o procurava na plataforma para ve-lo melhor, mas o perdi de vista, olhei para dentro do vagão e la estava, então eu pude vê-lo melhor, mesmo assim, inconformada pensei que era tudo que eu podia ter, mas o destino ou alguém quis brincar comigo, nos levando para o mesmo destino, na ultima estação, cada um saltou na porta mais proxima e atravessamos a plataforma em direção ao outro trem, enquanto caminhava "ele" se aproximava para meu lado, eu não consegui olhar mas dai eu percebi que "ele" me viu, entrou na mesma porta, atravessou o trem e ficou em pé, ao meu lado, o que você faria numa situação dessa? Diria um "oi", perguntaria a hora, puxaria assunto, certo? Mas eu não sou você. Eu estava inquieta, sem saber o que fazer, pensei muito, encostei na porta do trêm, tirei uma caneta e minha agenda, pensei em escrever alguma coisa para entregar a "ele" mas não, guardei a agenda e a caneta na mochila e fiquei ali, olhando, meus oculos escuros me ajudaram a disfarçar meu olhar fixo, e eu tive o tempo de três estações para estuda-lo completamente, com a certeza de que finalmente ele sabe da minha existência e suspeita que eu o olhava o tempo todo e mais nada, não sabe como é minha voz e nem sobre minha afeição por ele, no final eu só queria que ele soubesse que mexe comigo. Ao saltar na estação, a mesma que "ele" por conhecidência, atravessamos a passarela muito proximos e em meus pensamentos vinham a idéia da ultima oportunidade para dizer alguma coisa, ao sair da estação ele atravessou a rua e eu continuei na calçada, olhei duas vezes para trás com a esperança de um sorriso mas "ele" ja desaparecera entre os transeuntes, comigo restaram a sensação boa de ter visto alguém que faz bem, ganhei o dia, juntamente com o arrependimento de não ter feito nada, a duvida sobre o seu nome e sobre uma nova oportunidade de vê-lo novamente.
Eu pensei em forçar um novo encontro calculando a hora que ele sai do trabalho, mas isso ja é um absurdo, penso que da mesma forma que o destino, a conhecidência ou isso que nos possibilitou esse encontro de hoje deve nos permitir futuros encontros casuais, sem forçar nada. Eu sei mais ou menos onde "ele" mora, passo praticamente todos os dias em frente a casa dele mas o vejo uma vez por semestre, acredito que "ele" é comprometido, se bobiar conheço a garota, mas não tenho o que fazer. Alias, tenho sim, curtir o amor platônico até eu esquece-lo de vez, até substitui-lo por um ator ou outro amor impossivel que eu vejo na televisão.

domingo, 25 de abril de 2010

Ensaio sobre a solidão

Eu particularmente tinha muitas duvidas com relação ao tema, mas descubro a cada dia que estou é viciada com o que foi pré estabelecido pela sociedade. Numa conversa com o meu orientador e inumeras dúvidas sobre levar ou não adiante esse tema, de cara eu ja me vejo com pré conceito sobre seu significado, mas vejo também existe outros pontos de vistas.
Segue então minhas primeiras escritas sobre o futuro tema de TCC.
Introdução
Acredito que a palavra solidão automaticamente nos remete a algo negativo devido seu significado, que segundo Michaelis quer dizer: isolamento, lugar solitário, retiro, condição, estado de quem está desacompanhado ou só, lugar ermo, apartamento, isolamento. A primeira impressão que se tem é que viver só nunca é uma escolha, e sim uma condição imposta, e isso leva a acreditar que ser sozinho é algo ruim.
Matos relata que existe dois tipos de solidão, o isolamento e estar só mesmo no meio de muitas pessoas e que esse ultimo tipo de solidão esta relacionado a um dos sintomas da depressão.
Em São Paulo, que habitam mais de 11.037.593 milhões de pessoas, na projeção de 2008, segundo a Folha de São Paulo e uma parte considerada reside sozinho, vive sozinho, muitas vezes por opção. São entre eles homens e mulheres que já foram casados ou nunca se casaram, algumas delas vivem bem e felizes, o que pode se levar a crer que a solidão não necessariamente é algo ruim.
A escolha do tema a ser pesquisado foi definida a partir de uma observação feita em muitas pessoas no meu convívio social que se sentem tristes por viver ou estar solitários e suas expectativas de encontrar alguém que possa substituir o sentimento de estar só, pois acreditam que viver só é algo ruim. Esse objetivo também se estende a partir da possibilidade de investigar que muitas pessoas que residem sozinhas, por opção, vivem muito bem.
A temática tem como possibilidade discorrer sobre o fenômeno que ocorre nas grandes cidades que, apesar da quantidades de cidadãos, muitas pessoas não encontram boa companhia para viver e acabam se isolando

domingo, 7 de março de 2010

A realidade bateu em minha porta e eu só olhei pelo olho mágico!!!

A arte precisa da vida e a vida se complementa com a arte. A musica, a dança, a pintura na verdade são válvulas de escape para fugir da realidade. Assim como as drogas, o álcool, doces e até a internet, nos fazem, por momentos desligar da realidade. Arte no sentindo de fazer arte mesmo, "de aprontar".
Coloca-se em composições sonhos de amores, historias ideais de romances, de vida e até o que é real com um pouquinho de aumento.
Ser um artista em qualquer modulo é ser um realista que consegue sair da cena real quando esta compondo ou criando, mas volta com a visão pouco alucinada. Ser um drogado é fugir completamente do que faz mal, ou do que não aguenta, ou ainda deixar de lado a realidade (não estou defendendo um drogado, mas olhando pelo outro lado).
Todo mundo é assim, faz alguma coisa pra parar de pensar um pouco. Tem varias formas de fugir da realidade. A TV, e como é bom assistir uma boa novela, um bom filme ou qualquer outro tipo de programa pra zerar o QI?? Os chocolates, os prazeres da vida, nos iludem nos faz pensar que a vida é bela. E é mesmo porque temos tudo isso. Aquela correria frenetica atrás de bens materiais é uma valvula de escape! A musica que eu ouço todo santo dia e que me faz viajar é. Comer por prazer e não por necessidade, tudo que é superfulo, aquele sapato lindo, a blusinha nova, a pelada com os amigos no fim de semana, o campeonato de video game ou simplesmente trabalhar feito um louco é uma valvula de escape.
Agora a verdade é que preferimos fugir do tempo, da idade que realmente temos e estamos automaticamente direcionados a ter, porque esse tipo de pensamento nos remete a uma unica certeza, a existencia do fim. Fazer aquele famoso encontro consigo mesmo é uma viagem emocionante e perigosa porque nos revela e nos põe de cara com um eu que não se gostaria de conhecer, que se quer ocultar, a nossa pior versão, mas também nos possibilita ver a preciosidade rara que somos, na verdade isso depende muito do dia, todo mundo é de lua. Tem dia que acorda com o pé esquerdo e o cachorro é culpado por ter nascido, o sol por não ter aparecido e bom dia?? Só se for pra você, e não há valvula de escape que ajude, só uma boa noite de sono resolve. Agora tem dias, e esses são os melhores, que a gente acorda ouvindo canto de passarinhos, as flores são lindas, a natureza é bela, e no caso dos homens. Qual desses dias estamos diante da realidade??? Olha, quando descobrirem eu nem quero saber, ta bom assim. A realidade bateu em minha porta e eu só olhei pelo olho magico!!!! Pelo menos isso eu consigo controlar, e não se deixe enganar, não estou vivendo no fantastico mundo de bob ou sou adolescente que não ta nem aí pra nada, nada disso, estou de férias mesmo, por tempo indetermidado, até o momento que se tornar uma rotina chata.
A vida vai me cobrar isso? Eu não ligo, vou continuar querendo descobrir o mundo, mas me dou o direito de ver o mundo do meu jeito.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Mai uma vez...deixei o medo me impedir de ser feliz!!!

Que espécie de ser humano é esse que busca tanto a felicidade e no final faz tudo errado? Quando esta preste a se dar bem, se deixa levar pelo medo e estraga tudo, não segue em frente?
Acho que o ser humano tem uma forte tendência a ser sado masoquista, porque a felicidade é muito pra ele, que ele acha que não merece.
Ca estou eu, diante de uma situação dos sonhos, estar com alguém apaixonante, que preenche todos os pré requisitos que eu criei, até as coisas mais absurdas e de repente, esse alguém me surpreende e aparece, com jeitinho, comendo pelas beiradas e me conquista, me surpreendendo com cada resposta, com cada jeito, com cada gesto, mas como a vida não é uma novela ou um filme romântico que tudo acaba bem que que eu faço? Estrago tudo, faço perguntas que não devia, procuro, busco, e sempre coloco mais obstáculos, pra testar mesmo, a paciência do fulano até que encontro o que não gostaria de achar...pronto!!! O fim esta próximo, o fim de uma historia que ainda nem começou, o fim de algo que tinha tudo pra dar certo.
Eu estava encantada e preste a seguir para o próximo passo: a paixão. A ponto de fazer poesias, musicas, fazer umas loucuras, etc. Mas nem deu tempo, fiz tudo errado, acabei com tudo.
Agora fico como se fosse uma louca varrida diante do fiasco da não tentativa. Devia ter ficado na minha e seguir em frente, loucamente, não ter medo de ser feliz, o pior de tudo é que eu tenho certeza que seria feliz...por que? Porque justamente qdo se tem certeza que perdeu é que se tem a noção do que se sente, e ta foda! Cheguei a chorar!!!
A minha vontade era de sair correndo agora e tentar re-ver o prejuizo, mas é tarde, não ha mais o que se fazer, essa historia vai ficar na lembrança e no coração e uma parte dela aqui, pra quem tiver interesse e curiosidade em ler, só porque eu precisava desabafar.
A essa hora ele ja esta conversando com ela, pode ser que pense um pouquinho em mim, mas se a garota for muito encantadora ele vai se esquecer de mim, e eu serei substituida.
Eu sou substituivel até o momento que for realmente significante e dessa mesma forma substituo os outros.
O que me resta agora? Lamentar um pouco sim, porque não? Doeu, eu sofri, ainda estou sofrendo a ponto de escrever aqui, mas estou me conformando.
Aprendizado? Não sei se sou madura o suficiente pra deixar o medo de lado e cair de cabeça...isso só o tempo vai dizer. Oportunidades? Por ser humana eu sei que vou continuar perdendo. A vida é assim. E ele? Não sei, não quero saber e tenho raiva de quem sabe. (explicita dor de cotovelo, e quem não as tem?)

domingo, 31 de janeiro de 2010

Para que ser são

Por que não ser louco? Para que ser são?
Não sei, acho que a muito tempo tenho lapsos de consciência (como diz um amigo meu) e acabo ficando cada vez mais arisca com a vida. Embora tenho me permitido tomar algumas injeções de otimismo para aliviar o preto e branco, as vezes me pego pensando na realidade, chega dói, e me vejo a meio passo de ficar pessimista.
Ta certo que estou me permitindo, pelo menos em férias escolares, me ocupar com algumas coisas futeis e inuteis que tem na internet, mas também estou me permitindo conhecer melhor as pessoas, de uma maneira mais superficial, porém não deixa de ser uma parte dessas pessoas, porque afinal de contas, somos o que mostramos que somos.
Esses dias estive conversando um um homem, que se diz mais vivido, pelo menos mais que eu, e que contou muita vantagem por isso, só me faltou dizer que sou apenas uma garotinha aprendendo as coisas da vida, rsrsrsrs, acredite, fiquei mais entusiasmada em conversar com ele, isso me instigou mais e mais e me fez, inconscientemente criar uma visão dele que no final eu fiquei mais querendo ajuda-lo do que admirada com tanta sapiencia. O objetivo desse texto não é julga-lo e critica-lo, não mesmo, é fazer uma reflexão sobre como as pessoas se mostram diante de situações que acreditam correr perigo de ser corrompido em algo que não quer mostrar e se esforça pra esconder.
Ele me disse que tenho muita teoria e pouca ou quase nada de pratica, mas peraí, a filosofia não é teoria pura? Não vejo a necessidade de praticar tudo para ter consciencia do que é bom ou ruim, penso que se aprende observando, lendo, estudando mais, e filosofando, não só praticando.
E essa pessoa, que certamente é infeliz, não porque eu desejo que seja, pelo contrario, mas sim porque foi a unica coisa que me mostrou que é.
Para explicar melhor o conceito de infeliz que eu criei ou que eu acredito que seja é de alguem que esta agindo conforme a sociedade impoe sem personalidade para mudar, alguém que busca algo que na verdade não procura, mas busca porque a sociedade disse que assim será feliz. Também é alguém que não consegue amar outra pessoa, porque se acha superior pelos titulos e idiomas que possui, alguém que exige aquilo que esta longe de poder oferecer a outrem, alguém que não consegue ficar bem consigo mesmo, sozinho. Alguém que foge ou busca refugio de si mesmo num bar, no barulho e no meio da bagunça da multidão, nos livros mais complexos cujo conteudo busca um numero de QI elevado, é um jeito de se manter ocupado.
Na verdade todos nós fazemos isso em algum momento da vida, pelo menos uma dessas coisas, por isso não se consegue alcançar a felicidade, ela é utópica, essa é a unica verdade que eu tenho certeza. Mas como eu sou humana, e humano tem sonhos, vivo com meus calcanhares de Aquiles que me fazem dar risadas, fugir de mim, ver mais o outro para não me ver, ter dó do outro para não tocar em coisas que me fazem digna de dó.
Aquela musica que diz "dizem que sou louco por pensar assim, mais louco é quem me diz que não é feliz" só sendo louco mesmo para ser feliz, os realistas e pessimistas são saudaveis no aspecto mental, mas não são felizes, por isso, eu prefiro ser louca, pelo menos dou risada de tudo isso, por mais que alguma situação me puxe para o realidade, eu insisto em nadar contra essa corrente, assim crio musculos, gozo, sinto prazer, e é até mais facil viver assim.
O são quer acabar com tudo, o insano que mudar a partir de si, de seu modo de pensar, seu jeito de agir, não por comodismo, mas porque não dá pra mudar o mundo e a natureza humana, e quem esta certo?

sábado, 16 de janeiro de 2010

Hoje o dia esta lindo la fora...

Hoje o dia amanheceu lindo la fora e nublado aqui dentro. Eu passei o dia inteiro em busca de algo que me fizesse feliz e encontrei apenas lembranças, uma nostalgia angustiante que me fez pensar em coisas que esta difícil esquecer.
Eu rodo nos pensamentos, busco me atualizar pra parar de pensar mas quando penso que não me pego voltando ao passado.
Eu queria ter resolvido tudo, como acredito que resolvi, mas as lembranças teimam, insistem em aparecer para me importunar, daí eu fujo, disfarço e me distraio com outras coisas pra não ficar lembrando.
O dia la fora agora parece corresponder com o meu eu, começou a chover, e o dia nublado me tranca aqui dentro pra não conseguir sair, sair do que quero esquecer, do que quero apagar pra não ficar lamentando o fim.
A vida podia ser camarada comigo e me fazer voltar no tempo só pra estender um pouco mais o tempo de felicidade, só pra dizer que fui muito tempo feliz, mas não, passou rapido demais.
Eu estou tentando, estou fazendo a minha parte, mas não tenho mais coragem de me deparar com a situação, tenho medo da minha reação e nem mais terapia quero fazer, com a ilusão de que o tempo vai resolver.
Pelo outro lado eu sei que é preciso elaborar, mas quem sabe isso é exatamente o que eu não quero, mesmo que também não queira reconhecer, mas eu não quero elaborar, talvez eu queira mesmo continuar com isso dentro de mim, até que venha uma paixão arrebatadora e me faça me perder de boas sensações, mas cadê? Onde esta essa pessoa agora nesse momento? Porque não vem logo, porque não aparece de vez, antes que eu desista. Porque nunca é o meu tempo? Porque não sou completamente dona do meu destino, porque não consigo escolher?
Então eu fico aqui, hoje, acreditando que a cada dia diminui, a cada dia dói menos. Me ocupo no vazio, na saudade dos bons tempos, até que o presente me surpreenda, até que pare de chover e eu crie coragem de encarar o mundo la fora, limpe os resquicios e esteja pronta pra outra, mais intensa, antes que eu enlouqueça de vez!